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01/12/08

Super Bock Em Stock: Um Roteiro












Nuno Galopim

Não há fartura que não dê em fome...
Daí que o roteiro opte por uma escolha mais a gosto.
Pouco, mas que saiba bem...

03 Dezembro:

Jantar? É luxo para quem não sabe nunca a que horas acaba cada dia de trabalho. Se houver tempo, a paragem por aquelas bandas será o Luca. Sem sobremesa, que a panna cotta só costuma ser servida ao almoço...
A música começa cedo, e em português, no São Jorge. Com os Doismileoito (com álbum já confirmado em doismilenove). E logo depois os Pontos Negros.
Saltinho depois ao Tivoli (a mais bela sala de Lisboa) para ouvir Santogold.
E escapadela para Rui Reininho, imperdível logo depois, novamente no São Jorge.
E caminha, que se trabalha na manhã seguinte.

04 Dezembro:

Jantar? Outra vez? A Avenida da Liberdade (e quem trabalha por ali sabe da coisa) bem que podia ter mais interessante cartaz de restaurantes... Há um bom indiano meio escondido ali perto. Por trás do Tivoli. Um saag paneer ou um caril...
Para sobremesa vai mais uma noitada, mas desta vez mais curta de música.
Primeiro pelo Parque Mayer, para ver Lykke Li.
Depois, e se a casa não estiver a abarrotar (porque o novo álbum é irresistível), The Walkmen no Tivoli... E para mim chega.
E se para o ano houver mais, que traga Shearwater, Ruby Suns, The Notwist, The Homophones ou Fleet Foxes...

5 comentários:

LisbonGirl disse...

Auuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!(uivo)
Alinho!:))

Anónimo disse...

Há-de trazer, sim. E tu voltarás a só ter tempo para ver um ou dois por noite, não conseguirás entrar naqueles que mais querias ver (tu e toda a gente) e ficarás mais aliviado de alguns 50 euritos. Mas o pessoal parece que gosta.

Atenção: no SxSW não são vinte e cinco bandas, são centenas delas e quase todas tocam mais do que uma vez. Estão a ver a pequena diferença?

Anónimo disse...

EStes dois dias Nuno Galopim, de festival, para quem tem muito dinheiro e nada para fazer, passa-se bem é na caminha. Como dizia o nosso atleta olimpico.
O Lobo Meigo

Anónimo disse...

Galopim deves ganhar comissão no Luca, não?

Anónimo disse...

Superbock em Stock : Um Roteiro.


A noite começou à entrada do Maxime com o bluetooth Vodafone a ser substituído pelo walkie-talkie do segurança: este gritou para o colega do lado de lá que tinha em média 15 pessoas dentro da sala.

O Jack Rose conduziu-me à route 66 e lembrou-me o “Paris, Texas”. Paisagens americanas.
Mas do outro lado da mesa alguém tinha Ladyhawke escarrapachado na cara e lá fomos até à primeira e única vez em que ouvimos a frase “A sala já está cheia”.
Não fiquei triste, concordo com o R., é muito “Paris a arder”, e eu até gosto de Paris.

A sala mais bonita de Lisboa é a do Teatro São Carlos (risos) mas um Tivoli iluminado convidava do outro lado da estrada. E depois da passadeira vermelha fui surpreendida por uma grande pianada em Jose James.

A San-t-t-i-i (com as letras todas como o Pedro Ramos costuma dizer) é uma simpática, com aquela voz, e aquele fatinho e aquele jeito alegre. E depois vem com aquelas bailarinas meio andróide, meio caricatura, meio balão, meio limite do riso.

Entre a San-t-t-i-i e El Perro del Mar violei uns quantos princípios pessoais de respeito pelo corpo e atravessei a avenida com o sinal dos peões vermelho.

Gostava de ter frequentado o Maxime há umas décadas atrás…
Ontem, via-se uma cabeleira muito farta de caracóis com um microfone da Radar e a Stout era mais rara ou mais cara - o que me deixará sempre muito lixada.

Não ouvi ninguém ladrar, depreendi que alguém aqui se conteve.
Ouvi sim três amigos à minha frente a conversar como se não houvesse amanhã. Pedi desculpa por interrompê-los, expliquei-lhes que se fosse um concerto de heavy-metal eu não me importava mas, ali, ou eram eles ou era o piano. Fiquei um pouco confusa quando eles concordaram imediatamente comigo e mudaram-se mais para trás.

Mais tarde, a N. quer começar por João Coração, o J. por Marcelo Camelo e o R. por Likke Li. E eu estou tão cheia de sono que só apetece dizer que “sim” a todos.