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12/12/06

















ÁLBUM DE FAMÍLIA. Tom Waits - "Small Change" (1976).
Ao 4º disco, Waits aperfeiçoava a personagem que já no trabalho anterior "Nighthawks At The Diner", começava a ser confundida consigo. Depois da festa, antecipava aqui a ressaca, perdendo-se pelo nevoeiro das suas melhores canções da década de 70, levando-nos a deambular pelas ruas antes da realidade. A sua voz é Louis Armstrong em desenho-animado bêbado, acompanhado apenas por um trio de jazz e ocasionais orquestrações, pintando o resto das cores com o absurdo-não-tão-absurdo-assim das suas letras.
Sem dúvida, a obra maior da sua fase inicial mais tradicional, ainda cronologicamente longe da viragem em "Swordfishtrombones", mas deixando transparecer algumas pistas para o futuro em canções mais cruas como "Step Right Up" ou "Pasties And A G-String".
Há 30 anos atrás, o piano bebia como se nunca fosse parar.
A grande arma dele foi sempre não ter medo de se expor ao ridículo.

1. Tom Traubert's Blues (Four Sheets To The Wind In Copenhagen)
2. Step Right Up
3. Jitterbug Boy
4. I Wish I Was In New Orleans
5. The Piano Has Been Drinking (Not Me)
6. Invitation To The Blues
7. Pasties And A G-String
8. Bad Liver And A Broken Heart
9. The One That Got Away
10. Small Change
11. I Can't Wait To Get Off Work

Com Tiago Castro
Quarta 14.00 / Domingo 12.00

7 comentários:

Anónimo disse...

Este é um dos discos da minha vida... Por força de furtos e empréstimos sem retorno, já o devo ter comprado umas 5 vezes diferentes porque eu simplesmente preciso de ter este disco ao pé de mim. Absolutamente genial. Só não digo que é o melhor disco do Tom Waits porque o Frank's Wild Years também é tão genial como este, e acima de tudo, porque não existem discos maus do Tom Waits.

"Today is grey skies
Tomorrow's tears
You'll have to wait til yesterday is here..."

m.

Prometeu disse...

Provavelmente o melhor album que já passou neste programa. Já agora, gostava de juntar ao já mencionado (e bem) Frank's Wild Years, o Swordfishtrombones e o Rain Dogs. Geniais todos eles.

Anónimo disse...

Palavras para quê? Não há muito a acrescentar ao que foi dito nos posts anteriores. Deixem-se mergulhar na música e no universo de Tom Waits. É difícil manter uma coerência criativa e (re)inventiva durante os já largos anos que a carreira de Tom Waits leva. Para mim foi precisamente com este disco que o descobri, e talvez por isso tem um lugar especial na minha discoteca.

Mário Gonçalves

Anónimo disse...

qual a banda que toca na radar e cantam - Will Leaving

Prometeu disse...

Penso que estás a falar dos DeVotchka. O nome da música em causa é "We're leaving" e podes encontrá-la, salvo erro, no album "How it ends".

Anónimo disse...

bonito...
já não me lembrava deste senhor...
tenho de ir ao baú buscar o vinil...
fez-me chorar...
obrigado por se lembrarem dele...

Anónimo disse...

apaixonei-me há pouco tempo pela composição, voz e performance do Tom Waits. Ele é um malabarista da arte musical conjugada com o carisma de um artista excepcional.