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29/01/07

















ÁLBUM DE FAMÍLIA. Philip Glass - "Songs From Liquid Days" (1986)

1. "Changing Opinion"
2. "Lightning"
3. "Freezing"
4. "Liquid Days (Part One)"
5. "Open The Kingdom (Liquid Days, Part Two)"
6. "Forgetting"

Com Tiago Castro
Quarta 14.00 / Domingo 12.00

32 comentários:

Anónimo disse...

Juntamente com Steve Reich, Terry Riley e La Monte Young, Philip Glass é reconhecido como um dos quarto pilares estruturais do minimalismo norte-americano. Depois de uma primeira etapa (entre as décadas de 60 e 70) essencialmente centrada na demanda de uma linguagem musical pessoal - um percurso essencialmente formal sobretudo suportado em peças para teclados electrónicos ou para um ensemble criado, também ele, sob o evidente protagonismo da electrónica, e com expressão maior na ópera 'Einstein On The Beach' (1974) -, Philip Glass encetou, na alvorada de 80, um caminho de progressiva aproximação a instrumentos e espaços mais clássicos, a estes adaptando a filosofia e essência formal de uma linguagem então já estruturada. As primeiras manifestações desta nova ordem revelaram-se na segunda e terceira óperas da trilogia “retratos” que encetara com 'Einstein On The Beach' ('Satyagraha' e 'Akhnathen'), no ciclo de peças curtas 'Glassworks', na banda sonora de 'Mishima' (de Paul Schrader) e em 'The Photographer', uma peça criada para um bailado na qual, pela primeira vez, Glass experimentava uma outra forma musical: a canção.
Pode estar aí o ponto zero da criação de um projecto que se seguiu: a escrita e gravação de um ciclo de canções. Glass começou a conversar com David Byrne, com quem tinha já trabalhado nos 'Knee Plays', e a este juntaram-se rapidamente outros letristas como Paul Simon, Suzanne Vega e Laurie Anderson. Letras de vistas largas, desde reflexões sobre a natureza a visões românticas mais clássicas foram ponto de partida para a escrita, depois, da música. E aqui Glass foi ousado, abrindo o leque da simples projecção da lógica operática (visível em 'Changing Opinion', herdeira da cena 1 do primeiro acto de 'Satyagraha') à assimilação da new wave (em 'Lightning'), do onirismo de 'Freezing' (com o Kronos Quartet) à construção da obra-prima pop da sua carreira em 'Liquid Days'. A terceira etapa, final, levou Glass e colaboradores a sessões de casting vocal, do qual apareceram nomes da pop à ópera, como Linda Rondstat, Bernard Fowler, Douglas Perry ou o grupo The Roches.
O álbum é um dos mais espantosos ciclos de canções de sempre. Uma clara e bem sucedida adaptação de uma linguagem nascida erudita a formas populares. Se, nas raízes do pensamento dos minimalistas americanos estava uma vontade de cruzar a música de arte ocidental com novos públicos, vastos e populares, aqui está a mais bem sucedida materialização dessa filosofia primordial.

N.G., in 'Sound + Vision'

Anónimo disse...

Nem de propósito, tenho andado no último mês a tentar ouvir o que consigo escrito pelo Philip Glass, Steve Reich e outros compositores contemporâneos.

Quarta-feira sem falta estarei a ouvir o programa.

Anónimo disse...

Que ganda seca!!!

Anónimo disse...

Apesar de estarmos perante um grande músico e um grande disco, acho que não é para este tipo de progrma. Pode mesmo ser uma grande seca, como já li por aqui.
.
http://toxicidades.blogspot.com

Anónimo disse...

E eis que já há quem tenha ouvido o "Neon Bible" dos Arcade Fire a ser lançado em Março.
Para quem estiver interessado, e axu k interessa a todos, em

http://stereogps.blogspot.com/

Anónimo disse...

Excelente disco! E nada mais há a acrescentar... talvez, que seja "demasiado alternativo"?

Fabricio Ferraz disse...

Na minha opinião, acho que algumas das escolhas do Álbum de Família, são tão alternativas à "alternatividade" que deixam de ser alternativa...

Convém lembrar que o lema do programa é:
"Todas as semanas, reunião obrigatória com os álbuns que fizeram a história e o futuro do rock."

Mais vale substituir a palavra Rock por música para não ferir susceptibilidades.

Anónimo disse...

Ok...
Conhecem os arpejos dos Muse?
Os dos Coldplay?
E o 'Miracle Goodnight' de Bowie?
Isto para não falar de um 'Fly On The Windscreen' dos Depecxhe Mode (que não é bem... rock...).
Rock, então.
Porque não pode ser um disco de um Philip Glass um contributo para a evolução do rock? (rock não é igual a rock'n'roll, é uma noção de cultura, não apenas de som)
Ele que fez arranjos para Mick Jagger ou Aphex Twin? Para Suzanne Vega?
Mentalidades mais abertas à descoberta e à diferença, por favor... Para minimalismo repetitivo não bastam as RFMs deste mundo?

Anónimo disse...

Isso mesmo. Diversidade alternativa ao rubro...sem semelhanças com rfms e rádios comercial. Eu não conheço Philip Glass, mas amanhã vou iniciar o conhecimento.

Anónimo disse...

De Philip Glass, ofereci uma colecção de 4 discos, bandas sonoras (Koyaanisqatsi,Dracula,Kundun,Mishima, ...), simplesmente fantastico, muito alternativo,talvez.

Anónimo disse...

É verdade que o Glass também contribuiu para a história do rock e não faz mal nenhum tomar conhecimento com coisas diferentes, até então desconhecidas mas, por uma questão de gosto, com as duas que já ouvi até agora, tenho de concordar com o tipo que disse que era uma grande seca.

Repito, é uma questão de gosto e não gostei do que ouvi até agora.

(ao ouvido do Galopim) Posso falar dos meus gostos aqui, não posso?

Anónimo disse...

Todos devemos falar dos nossos gostos sempre nada contra isso. De resto, sou contra aquela noção "o meu gosto é melhor que o teu" que por vezes domina algumas discussões. Gosto de gostar. E gosto que cada um goste daquilo que gosta. E já aconteceu passar a gostar do que antes não gostava e vice versa. Porque o gosto tem dessas coisas. Não se mede. Não é constante. É gostosamente humano!!!

Agora para o Paulo (e sem maldade):
O que é ser demasiado alternativo?
Se me falarem em música experimental, vanguadras para lá das vanhuardas... talvez. Mas Glass? Talvez menos habituado a ser ouvido (como muita da música contemporânea, que nem na Antena 2 se escuta com a regularidade justificada). Q
E quem sabe em que sabor de algo diferente possa um dia morar a porta para entrar num novo mundo de sons em nova etapa nas vidas de cada um nós?
E partilho convosco uma memória. Foi precisamente com este disco do Philip Glass que, em 1986/87, estando eu a meio do meu curso de geologia e já com futuro profissional a desenhar-se, que entendi que era a música quem falava mais alto...
São estes discos menos habituais (e não os "alternativos consensuais", tipo Jeff Buckley, Joy Division, Radiohead ou Portishead, bons, sim, mas de "todos") que acabam por definir rumos para cada um de nós. E, no fundo, quem somos.
E lá voltamos ao gosto... E assim cada um aprende (sim, porque o gosto aprende-se)o seu...
Por isso vejo este programa como indispensável na formação de muitos gostos. Recorda a uns. Revela a outros. Abre paladares a gostos futuros. E, felizmente, cada semana segue um rumo diferente.

Anónimo disse...

Boa resposta Nuno Galopim.
Concordo.

E é através da diversidade de gostos, a partilha desses gostos (e os bons blogs portugueses que começam a surgir na net, são disso exemplo)e a apreciação da partilha que se descobrem autênticas preciosidades.

É esta permanente evolução (e convém nunca estagnarmos no tal "alternativo consensual") que nos permite alargar horizontes e enriquecer a nossa cultura musical.

É por isso que sou fã dos programas de autor e anti-playlists.

Anónimo disse...

Só para reforçar, de facto, a importância de sermos abertos e alargar horizontes. E não esquecer que muita da capacidade criativa assenta na abertura a novas formas musicais, talvez um dos grandes handicaps das bandas portuguesas (salvo honrosas execpções).

Fabricio Ferraz disse...

Realmente concordo que os arpejos da música dos Muse que passaram agora são um decalque quase descarado de partes da música de Philip Glass que passaram antes.
Mas…
1. A música clássica há séculos que tem imensos exemplos da utilização de arpejos. Se afirmarmos que toda a música tem de alguma forma a influência da música clássica estaremos a dizer algo completamente errado? Não me parece. Será no entanto a influência "maior" da música rock, rock/alternativa? Parece-me que não.
2. Será Philip Grass a única ou a mais importante influência dos Muse? dos Coldplay? do David Bowie? da Suzanne Vega? do Mike Oldfield? Parece-me que não.
3. Se não me engano, o álbum de família vai no segundo ano de edição. Ou seja, neste momento nem sequer 100 álbuns foram ainda escolhidos! São apenas 52 álbuns por ano! E em cada ano que passa saem milhares de novos álbuns que são candidatos futuros a Álbum de Família. Todos os músicos têm a sua importância na história da música. Mas penso que todos concordamos que a cada ano que passa, essa importância vai sendo diminuída. Algures no futuro poucos nomes de hoje ficarão na história, e todos esses deveriam ter presença assegurada no Álbum de Família (“do nosso tempo”).
4. Relativamente à abertura a novas formas musicais, concordo totalmente. Também é esse o meu lema. No entanto apenas acho que essa abertura se deveria reflectir na programação diária da Radar, e não no Álbum de Família. Afinal até hoje quantas músicas de Philip Grass passaram na Radar antes de ser escolhido para Álbum de Família?

Anónimo disse...

Resposta sem ar de direito de resposta

Bom. É bem verdade que há arpejos em composições desde há séculos (o barroco que o diga). E também concordo que os arpejos dos Muse venham mais da escuta de discos de uns Stranglers e afins que de Glass... Ok, tudo certo por aí.
Agora não creio ter nunca dito que Philip Glass era uma referência “maior” da música pop/rock alternativa. Antes, talvez, uma referência “fundamental” da cultura pop (senso lato) de finais do século XX.
Mas convenhamos que Philip Glass e os restantes três compositores que são tronco estrutural do minimalismo tiveram franca importância (e consequências) na música (sobretudo alternativa) desde os anos 70l. Steve Reich desenvolveu noções de construção de música aos pedaços antes da idade do cut & paste de finais de 80. La Monte Young teve John Cale entre os seus músicos na década de 60. Terry Riley partilhou com a cultura hippie uma série de filosofias e misticismos...
Eles como Glass são referência. Mas nunca a “maior”. Nunca o disse. Não o digo. Não sei se o direi um dia, que nunca faço futurologia... Glass não está entre os “maiores” da genética pop/rock alternativa. Mas tem lá alunos... Repito. Repito... Tem lá alunos. Tem lá alunos. Alunos. Alunos. Tem lá alunos... Bom, aqui é Glass a influenciar a escrita ;-)
Sobre Mike Oldflield. Esse chato, sim (mas há quem goste e nada contra). Bom, em finais de 70 gravou em ‘Platinum’ uma versão de ‘Etoile Polaire’ de Glass e referiu-o como referência enorme. O mesmo tendo acontecido com outros como Owen Palett, Bowie (nunca seria uma referência estrutural, mas Glass está entre os seus músicos de eleição) ou Laurie Anderson (que dizer de ‘O Superman’ senão uma herança directa dos ‘Knee Plays’ de ‘Einstein On The Baech’?)... Há mais casos (Marisa Monte, Pierce Turner, Natalie Merchant... Mas ficamos por aqui...
Ou seja, Glass tem mais herdeiros entre músicos (pop/rock alternativos, na maioria) que entre a comunidade da música erudita.
Daí que este disco (e sobretudo este, mais que um ‘Glassworks’ ou um ‘Einstein On The Beach’) faça sentido num programa deste teor. Só o debate que levantou mostra como é um disco de angulosidades várias. E tudo menos unânime. Os discos unânimes acabam, muitos deles, nos escaparates dos supermercados...
Uns gostam de Glass. Outros não. Ainda bem.

Pois é. Gosto destas discussões.

PS. Quanto aos pontos 3 e 4 do último comentário, estamos totalmente de acordo.

Anónimo disse...

Por dia saem dezenas, senão centenas, de álbuns em todo o mundo e creio que não deviamos estar sempre no "repeat on" dos mesmos alternativos que, de tão repetidos, se tornam aburguesados aos nossos ouvidos e passam a ser produto não para uma minoria mas para uma maioria.

Por exemplo: já enjoa tanta promoção a bloc party, sempre com o mesmo avanço´.

E o mesmo se podia dizer de muitos outros.

Há tanta música alternativa boa a sair todos os dias que daria para ocupar quase todos os 365 (ou6!) dias do ano com temas não repetidos...

Que se promova um "alternativo consensual" 2 semanas ainda vá lá. Mas sempre a bater na mesma tecla acaba por fartar.

Há tantos imputs novos nos imensos blogs (tugas e não tugas)de música qualidade que andam para aí que certamente a RADAR poderia po-los em prática, não cansando, assim, o ouvinte.

Não sei se terá a haver com alguma coisa de direitos de autores das musicas e se a radar tem de pagar alguma taxa por cada musica k toca e, se assim for, não dá para ir a todos.

Mas estranho estar a ouvir demasiadas repetições dos mesmos temas, semanas a fio...

Para cansaço auditivo bastam as rfm's, rcp's, comerciais, etc...

Desculpem lá este desabafo.

Agora podem bater aqui no ceguinho á vontade k nao me importo.

Hugs :)

Anónimo disse...

Bela resposta de Music Ghost. Uma opinião é uma opinião. E até concordo com a tua.
Mas nunca bateria "no ceguinho" se tivesse outra. É sempre preferível debater ideias a bater em ceguinhos. Cruzes!

Anónimo disse...

Do Glass só conheço o maravilhoso concerto para violino e mais algumas peças soltas (obrigado antena 2). Sempre ouvi falar deste album com uma grande reverência. Vou tentar encontrar.

Anónimo disse...

Grande Album!!!!!

Anónimo disse...

E pronto, já está.
Quem gostou, pode, caso não conheça e o deseje, procurar, de Philip Glass, os álbuns:

Para iniciados:
'Glassworks'
'Solo Piano'
'Dancepieces'

Sinfonias:
Nº 1 e Nº 4, respectivamente baseadas nos álbuns 'Low' e 'Heroes' de Bowie
Nº 5
Nº 8

Óperas:
'Einstein On The Beach'
'Aknathen'
'La Bette Et La Bête'
'The Witches Of Venice'

Bandas sonoras:
'Koyaanisqatsi'
'Mishima'
'Thin Blue Line'

Anónimo disse...

Acabei de o ouvir, e, para uma primeira audição, agradou-me e muito!
Nada do que não seja a pop pastilha elástica (daquelas que perdem logo o sabor, porque há pop pastilha elástica que ainda se come...)promulgada por outras rádios está desadequado à Radar. Esta hora não foi minimamente cansativa, e despertou-me os sentidos para conhecer mais Philip Glass.

Anónimo disse...

ah,acabei de ver o último comentário do Nuno...Obrigada por isso! decerto que vou seguir.

Anónimo disse...

Assim, sim!

Saúdo o Nunno Galopim pela adesão ao debate.
Tenho posto um ou outro comentário aqui no blog, mas sem grande convicção porque sente-se aqui um bocadinho de falta de resposta da Radar, tipo “deixa-os falar”.
Mesmo sendo mais em nome próprio do que da rádio (se calhar até é melhor assim), há que assinalara predisposição para o diálogo.

Quanto ao mais ou menos “alternativo” tenho para mim que depende da “qualidade” do Marketing utilizado para colocar o “produto” no mercado. Usa-se Marketing ou “Anti”- Marketing conforme se queira posicionar a coisa no mercado geral ou no “alternativo”. Ou seja, a única “alternatividade” do mundo da música está na questão que põe a si próprio quem a quer vender: “A quem é que eu vou vender isto?”. E daí sai a estratégia. Assim sendo, quanto a alternatividade estou conversado. (sim, há quem fure o esquema mas não anda “à solta” muito tempo).

Ao dizer que não gostei das músicas que ouvi deste disco (não ouvi todo) não estou a dizer que não o quero ouvir. Pelo contrário, quero ouvir tudo o que tiverem para me mostrar que eu não conheça. Se gosto ou não é que já é cá comigo. Venha de lá a música nova (e a “velha” desconhecida).

Finalmente, e depois de aqui ter manifestado o meu desagrado pelo pouco tempo de antena dado à música nacional, tenho constatado que a Radar tem passado um pouco mais de música portuguesa e, se protestei, devo agora aplaudir. Ainda não chega mas é um bom princípio e dá esperança de melhoras. Por outro lado não reparei que alguém aqui tenha vindo dizer que deixava de ouvir a Radar por passar muita música portuguesa ou protestar por a que passa ser “demasiado alternativa”.
Há por aí imensa, boa e má. É tudo uma questão de escolhas. Passem a boa.

Anónimo disse...

Obrigado pela compreensão Nuno.

Aliás se batessem no ceguinho tinham, primeiro, que se debater com o pastor-alemão guia do ceguinho...

E aí é que eram elas!...

AGora a sério: olhem para a imensidão de boa e nova música à nossa volta.

Já agora seria interessante haver tb um fórum de debate sobre os melhores blogs tugas e não tugas sobre música alternativa onde todos nos inspirássemos de x em kd.

Tenho de ir. O pastor alemão está-me a puxar...

Hugz

Fabricio Ferraz disse...

Nuno Galopim,

Vivam as discussões :)

Concordo totalmente com o Music Ghost!

O problema é que é impossível termos tempo para ouvirmos todos os álbuns bons que existem, e que estão continuamente a sair.
É algo frustrante sabermos que não iremos ter tempo para ouvir álbuns que iríamos considerar excelentes!
É que no máximo na nossa mísera existência teremos tempo para no máximo ouvirmos cerca de 100.000 álbuns diferentes (4 a 5 álbuns de 1 hora por dia, durante 60 anos!).

Pelo menos apraz-nos concluir que alguém no ano 3928 terá uma frustração muito maior, dado a enorme quantidade de música que existirá por essa altura!
Além disso, a existir a Radar e o Álbum de Família nesse lindo ano de 3928, a lista de álbuns iria chegar precisamente ao número 100.000!

Anónimo disse...

Fotografia de Philip Glass por Aldo Palazzolo, técnica Liquid light:

http://www.ocaiw.com/galleria_fotografi/index.php?lang=pt&author=palazzolo&category=portraits_pu&id=76

Anónimo disse...

Já uma vez aqui o disse, e creio não estar muito enganado: o grande "defeito" que encontro na Radar chama-se PREGUIÇA! Preguiça na sua equipa (realizadores) que preferem o óbvio ao estímulo da novidade. Falta-lhes o espírito de curiosidade que anima (ou animava, já não sei) o Antonio Sergio do som da frente e da hora do lobo. Espero que não o pague caro no futuro essa falta de ousadia.

Anónimo disse...

Para mim passar Philip Glass na rádio é sem sombra de dúvida, ousadia! Continuem a ser ousados que não fazem mal nenhum! Reparem só no debate interessante que originou aqui no blog :)

Anónimo disse...

Rantanplan, parabéns por seres ultra especial!
O que andas a ouvir no iPod?

-tambores chineses em dó menor?

-concerto para 3 pífaros ao vivo na zdb?

Isso sim, deve ser ousadia...
Dizia-te para ires ouvir a Química FM mas essa rádio foi tão ousada, tão ousada que durou apenas dois meses. E tinha só programas de autor, imagina!
Muito beras, por sinal. Mas super alternativos. Muito mais do que a radar alguma vez será, claro.
Curte!
Encontra a felicidade e tal!

Anónimo disse...

...minha cara lolita, obrigado pelo elogio! uma coisa descobri: por certo és portuguesa...

Anónimo disse...

Penso que muita coisa já foi dita, pelo que vou ser breve:
1- Tiago Castro, grande escolha, um album fundamental. Obrigado.
2- Se calhar era melhor mesmo retirar a palavra Rock do slogan do programa e substituí-la por Música. Assim podiam-se alargar os horizontes musicais, sem tanta polémica.
3- Por ultimo quero manifestar-me contra a "alternativa consensual". Se fizermos isso, estamos a cair no mesmo erro dos outros, que criticamos e deixamos de ser qualquer alternativa. Porque é que o Album de Familia não poderia incluir albuns, por exemplo, de John Zorn, Fred Frith, Henry Cow, Massacre, Mauricio Kagel ou Ernst Reijseger se o autor do programa assim o entender ? Ainda não passou nada da Laurie Anderson, pois não ?