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17/07/11

SBSR 2011 (FOTOS 3º DIA)

6 comentários:

Carlos Manuel Guerra disse...

Meus amigos, quem corre por gosto não cansa! Com um cartaz desta natureza, estavam à espera de terem todo o conforto para ver artistas com este gabarito: ARCTIC MONKEYS, ARCADE FIRE, STROKES, PORTISHEAD, RODRIGO LEÃO, JAMES MURPHY e muto mais... Seja dada mão à palmatória à organização e a todos que queriam lá estar mas, por razões logísticas, não puderam estar presentes. Quanto ao Julian Casablancas, estavam à espera de mimos? Um verdadeiro artista é sempre imprevisível, perceberam? MECO, SOL & ROCK'N'ROLL não pode ser muito melhor! Viva PAREDES DE COURA 2011.

Paulo Martins disse...

Por motivos de força maior apenas pude comparecer, com muita pena minha, ao ultimo dia do festival, sobretudo para ver The Strokes... E não é que conseguiram superar as minhas expectativas (que já eram altas), apesar do péssimo som!!! Parabens á organização pelo cartaz e pelo esforço, o espaço não era o melhor mas o pó só elevou o espirito festivaleiro, é como Glastonbury, festival sem lama não é festival, aqui festival sem pó não é festival, vão-se habituando... Que para o ano se repita com a mesma qualidade de cartaz e melhoria nas infra-estruturas. Ps: 25 cl de cerveja a 2 euros ???? É especialmente fermentada na Lua ???

C disse...

Quando uma organização "rouba" o palco a quem o merece, sendo o assunto de 70% (ou mais) dos comentários feitos ao evento, é porque falhou. Infelizmente, mais uma vez, foi o caso. Por muito bom que o cartaz seja, aquele recinto estraga a festa.

Para mim, a poeira e afins foram um "em repeat" de 2010, não notei que tivessem melhorado e continuo a achar que, com excepção do cenário do palco secundário e do luar, tudo naquele espaço é demasiado desolador para receber o SBSR. Mas foi pela música que regressei e os músicos cumpriram a parte deles não me desiludindo.

The best of the rest:
1º dia - Arctic Monkeys
2º dia - Portishead
3º dia - The Strokes

Boa reportagem fotográfica. Parabéns.

pacxito disse...

Quem frequenta festivais frequentemente (pelo interesse musical e não aquelas crianças que os utilizam como colónias de de férias) só pode ter pontos negativos a apontar a toda a organização da música no coração.

Eu já estive em Paredes e vilar com chuva torrencial, no SW com calor infernal e nunca, mas mesmo nunca, fui tão mal tratado e nunca vi músicos e o seu trabalho serem tão mal tratados.

1º O local estava claramente subdimensionado, quer em termos de campismo, quer no recinto propriamente dito. A colocação do palco principal estava mesmo a pedir problemas (sem qualquer tipo de escapatória para as laterais)... Já não se lembram de Roskilde? Vi uma rapariga a desmaiar à minha frente com uma crise de pânico por estar demasiada apertada.

2º Não senhor Luis Montez, o pó não tem que "fazer parte" e vocês, COMO ORGANIZADORES DO SW, sabem perfeitamente que o problema do pó SE RESOLVE!!! Se foi resolvido lá, só têm que aplicar a mesma solução no meco (semear erva ou colocar um tapete). E já agora sugiro que aproveite para medir cuidadosamente as palavras à imprensa ao referir-se aos festivaleiros nos modos em que se referiu, afinal são esses festivaleiros que pagam o bilhete e têm todo o direito de serem bem tratados, ou pelo menos respeitados. Como frequentador dos grandes festivais europeus e mundiais certamente tem noção que as condições do festival que montou estavam muito aquém dos mínimos olímpicos...

3º O som estava péssimo. No mínimo exigia-se um reforço do PA com torres de amplificação, não só na parte central (como existia) mas também nas laterais. Do PA para trás (que nas 2últimas noites representava metade da plateia) o som dos concertos só se ouvia quando o vento deixava...

4º As zonas de alimentação e bebidas estavam subdimensionadas. Nunca esperei menos de 20 minutos por uma cerveja. Também acha normal este tempo de espera? No Alive deste ano nunca esperei mais do que 5minutos.

5º Bem sei que a culpa deste ponto não é da música no coração e sim dos Portishead, mas achei um erro terem fechado o palco edp durante portishead. Basicamente a plateia ficou apinhada de putos parvalhões que, como queriam era ver arcade fire, deram numa de estragar o concerto ao pessoal que estava ali para tentar apreciar o concerto.

6º O campismo era de tal forma vergonhoso (filas enormes para os chuveiros, esgoto dos chuveiros numa a ceu aberto, falta de água) que ao fim de poucas horas optei por ir dormir para o carro.

Quanto à música (porque alguns de nós vão lá principalmente para isso e não para comer pó) - grandes concertos de:
- Lykke Li, Arctic Monkeys, Rodrigo Leão, BFachada, Tigerman, Portishead, Arcade Fire, Chromeo, Paus, Junip e Slash.

As desilusões:
- Ian Brown (dos piores concertos que vi até hoje), Noiserv (claramente no palco errado) e The Strokes (cheira-me que este será o último álbum deles...)

pacxito disse...

ah, parabéns pelo palco secundário - bem colocado, com espaço e com um fundo de palco espectacular.

iur disse...

Concordo com tudo o que escreveu o pacxito, tirando a parte (subjectiva, claro) dos concertos. Só gostei mesmo dos de Lykke Li e Portishead e, com um bocado de boa vontade (por causa do péssimo som atrás), Arcade Fire. Já referi noutro sítio que o problema da sobrelotação do recinto é gravíssimo, de longe o mais grave de todos os problemas, e é lamentável que não exista ninguém da organização a falar sobre isso. Junte-se-lhe a falta de civismo de grande parte das pessoas (?) e a estranha ausência de segurança, e o resultado podia (pode) ser terrível.

Num acto de coragem, eu e as pessoas com quem estava decidimos assistir ao concerto de Portishead perto do palco. Se a experiência em si não foi boa (empurrões, crianças irritantes a falar durante todo o concerto, etc. etc.), sair dali após o concerto foi muito pior - não existindo escapatória pelas laterais, a única solução era furar pelo meio. Já estive muitas vezes no meio de multidões, mas percebo agora por que razão se entra facilmente em pânico em situações limite. Confesso que senti o cheiro da tragédia.

Se querem manter o local (melhorando, claro, as muitas coisas que estão mal), há uma solução muito simples - reduzir a capacidade para metade e aumentar o preço dos bilhetes (nem que seja para o dobro). Vão ver que, com um bom cartaz, conseguem esgotar os dias na mesma.

A mim faz-me muita pena ver toda aquela zona, que adoro, envolvida nisto. Sobre o campismo, que felizmente posso dispensar, só uma palavra: MEDO.